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Lesão por Hanseníase

A hanseníase, antigamente conhecida como lepra, é uma doença infecciosa causada por uma bactéria chamada Mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen.

 

É uma doença infecciosa causada por uma bactéria chamada Mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen. Essa doença pode acometer pessoas de ambos os sexos e qualquer idade em áreas endêmicas. Entretanto, é necessário um longo período de exposição e apenas uma pequena parcela da população infectada adoece.

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O Mycobacterium leprae é o agente causador, sendo a única espécie de micobactéria que infecta nervos periféricos, especificamente células de Schwann. Na hanseníase, as lesões de pele sempre apresentam alteração de sensibilidade. Esta é uma característica que as diferencia das lesões de pele provocadas por outras doenças dermatológicas.

A hanseníase manifesta-se, além de lesões na pele, através de lesões nos nervos periféricos. Essas lesões são decorrentes de processos inflamatórios dos nervos periféricos (neurites) e podem ser causados tanto pela ação do bacilo nos nervos como pela reação do organismo ao bacilo ou por ambas.

Manchas pigmentares ou discrômicas: resultam da ausência, diminuição ou aumento de melanina ou depósito de outros pigmentos ou substâncias na pele.

Placa: é lesão que se estende em superfície por vários centímetros. Pode ser individual ou constituir aglomerado de placas.

Infiltração: aumento da espessura e consistência da pele, com menor evidência dos sulcos, limites imprecisos, acompanhando-se, às vezes, de eritema discreto. Pela vitropressão, surge fundo de cor café com leite. Resulta da presença na derme de infiltrado celular, às vezes com edema e vasodilatação.

Tubérculo: designação em desuso, significava pápula ou nódulo que evolui deixando cicatriz.

Nódulo: lesão sólida, circunscrita, elevada ou não, de 1 a 3 cm de tamanho. É processo patológico que localiza-se na epiderme, derme e/ou hipoderme. Pode ser lesão mais palpável que visível.

Úlcera neurotrófica: é causada por neuropatia periférica. A pele torna-se seca, inelástica, podendo ocasionar facilmente as fissuras. Quando não tratadas, comprometem as estruturas das mãos e dos pés, favorecendo o risco de infecção.

 

Essas lesões podem estar localizadas em qualquer região do corpo e podem, também, acometer a mucosa nasal e a cavidade oral. Ocorrem, porém, com maior freqüência, na face, orelhas, nádegas, braços, pernas e costas.

Observar tecido desvitalizado, desde a cor cinza, esbranquiçada, marrom até a esverdeada e preta. Corresponde ao tecido morto, desidratado, podendo estar presente também o pus, que favorecem a multiplicação de microorganismos. Nestes casos o ideal é o uso de produtos capazes de promover desbridamento e que proporcionem o meio úmido ideal.

Realizar um efetivo controle de exsudato, usando coberturas capazes de absorver o conteúdo. Observar sinais de infecção, como calor, rubor, edema e exsudato de aspecto purulento com odor fétido.

Ter hábitos saudáveis, alimentação adequada, evitar o álcool e praticar atividade física associada a condições de higiene, contribuem para dificultar o adoecimento pela Hanseníase.  A melhor forma de prevenção é o diagnóstico precoce e o tratamento adequado, assim como o exame clínico e a indicação de vacina BCG para melhorar a resposta imunológica dos contatos do paciente. Desta forma, a cadeia de transmissão da doença pode ser interrompida.

As úlceras devem ser tratadas o mais rápido possível com medidas que promovam o desbridamento e devem ser seguidas conforme o tratamento de terapia tópica para feridas infectadas.

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