+51 (41) 3223-5029 – (41) 98496-9606 atendimento@abpferidas.org.br

Lesões Relacionadas ao Diabetes

Lesões de pele são especialmente perigosas em diabéticos com comprometimento vascular e dificuldades de cicatrização. As feridas crónicas do pé diabético normalmente resultam da combinação de várias das complicações da diabetes.

 

O Pé diabético é uma complicação crônica do Diabetes Mellitus (DM), caracterizando-se por infecção, ulceração ou destruição dos tecidos profundos, associadas a anormalidades neurológicas e vários graus de doença vascular periférica nos membros inferiores. Assim a fisiopatologia da úlcera do pé diabético envolve três complicações do diabetes: a neuropatia sensorial e motora, a doença vascular periférica e o imunocomprometimento.

A sequencia de eventos no desenvolvimento da úlcera do pé diabético começa com uma lesão nos tecidos moles do pé, formação de fissura entre os dedos ou na área da pele ressecada ou formação de calo. A lesão pode ser térmica (causada por hábitos como caminhar com o pé descalço sobre o concreto quente, caminhar na praia, uso de compressas quentes ou frias etc), por substancias químicas (como queimaduras do pé pelo uso de agentes cáusticos sobre os calos) ou do tipo traumático (como uso de meias e sapatos com má adaptação).

A classificação da úlcera se baseia no fator causal, ou seja, pressão associada a neuropatia, comprometimento arterial ou ambos. Conforme a origem são agrupadas em neuropáticas, isquêmicas o neuroisquêmicas.

Úlcera neuropática: a etiologia está relacionada a neuropatia e ocorre nas áreas sob pressão aumentada. Nos casos típicos as úlceras se desenvolvem na região plantar. Essas lesões se iniciam com um calo ou espessamento do estrato córneo, evoluindo com hemorragia local, formação de bolha, e por fim, ulceração do tecido na região do calo;

Úlcera isquêmica: sua causa está relacionada à deficiência vascular periférica e engloba lesões secundárias a pequenos traumas que podem evoluir para ulcerações e infecções, em virtude do déficit de aporte sanguíneo. Pode apresentar pequenas úlceras planas, secas, distróficas e dolorosas, associadas ou não com necrose cutânea;

Úlcera neuroisquêmica: apresenta características comuns às úlceras neuropáticas e isquêmicas, uma vez que os paciente apresentam neuropatias e isquemias.

Manter a úlcera limpa, úmida e coberta, favorecendo o processo de cicatrização. Avaliar adequação de calçado, a necessidade de órteses para mudança de pontos de pressão e a redução do nível de atividade para os pés. As unhas devem ser cortadas sempre retas e o profissional de saúde deve orientar o indivíduo ou seu cuidador quanto à técnica correta. É importante lembrar-se de que a troca do curativo secundário deve ser realizada diariamente, As indicações das coberturas devem ser escolhidas mediante o predomínio do tipo de tecido e a prioridade que o tratamento exija, no momento da avaliação da ferida. Há uma grande variedade de curativos e um só tipo não preenche os requisitos para ser aplicado em todos os tipos de feridas cutâneas.

A prevenção de ulcerações nos pés e de amputações de membros inferiores por meio de cuidados específicos pode reduzir tanto a frequência e a duração de hospitalizações como a incidência de amputações. Realizar controle rigoroso de peso, não consumir bebida alcoólica (o que agrava a neuromiopatia), abandonar o tabagismo, adquirir hábitos saudáveis de alimentação, praticar atividades físicas, manter controle da pressão arterial, manter o controle glicêmico, inspecionar diariamente os pés (inclusive entre os dedos), verificar se há micoses, rachaduras, calos, bolhas, inchaço, ferida, mudança na cor e temperatura da pele dos pés  e diminuição de sensibilidade ou dor. Lavar os pés todos os dias, verificar a temperatura da água com as mãos antes de colocar os pés, enxugar bem os pés, e entre os dedos, evitar deixar os pés de molho, aplicar diariamente hidratante nos pés e pernas, aparar as unhas dos pés com lixa em vez de cortá-las, não retirar a cutícula ou limpar debaixo da unha utilizando objetos afiados, não usar produtos químicos ou cortar calos ou verrugas. Evitar calçados de couro duro ou sintético, com muitas costuras, bico fino, abertos, fácies de sair do pé, com solado muito fino, deformado ou furado. Examinar os sapatos antes de calça-los para se certificar de que nada há para pressionar ou ferir os pés. Em caso de deformidades, usar sapatos feitos sob medida, preferir meias de algodão, sem costuras, ajustadas e limpas.

O tratamento das úlceras, além do uso de curativos, inclui desbridamento, alívio de pressão, controle de infecção e revascularização, quando há comprometimento arterial. A escolha da cobertura é o fator que influencia na cura, devem ser usadas corretamente para ajudar no manejo das complicações das ulcerações do pé. Deve conter as seguintes características: criar um ambiente úmido na ferida; proporcionar isolamento térmico, proporcionar proteção mecânica; ser  hipoalergênico; não aderir a ferida; permitir a remoção sem dor ou trauma; ser capaz de absorver o excesso de exsudato; permitir a troca gasosa; ser moldável; ser impermeável a microrganismos e ser de fácil aplicação.

Sua ajuda vale uma cura

Contribuindo com a nossa Associação, você pode ajudar na recuperação de pessoas com feridas e proporcionar uma melhor qualidade de vida durante o tratamento. Ajudar vale a pena!

Apoiadores e Parceiros

A sua participação é muito importante para que a ABPFeridas amplie o numero de pacientes em tratamento de lesões de pele, desta forma, juntos podemos amenizar a dor de pessoas que não tinham perspectiva de cicatrização e consequentemente melhora de qualidade de vida das pessoas com feridas em nosso Brasil.
  • Apaixonados pela Causa: Podem nos ajudar como Associado Contribuinte, via nosso site pelo doe agora ou em contato diretamente com a presidência da ABPFeridas.
  • Profissionais de Saúde: Você pode se tornar um Associado Contribuinte e/ou Voluntario ABPFeridas. Toda a ajuda de profissionais de saúde é bem vinda a ABPFeridas.
  • Empresas: Com o apoio das empresas, também estamos conseguindo mudar as estatísticas, o que torna ainda mais possível através dos profissionais de saúde parceiros, desenvolver ações para prevenção e tratamento de lesões de pele e conseguir beneficiar um número ainda maior de pessoas.

Torne-se um parceiro

[recaptcha]